Você já parou para pensar em como a Inteligência Artificial está transformando o mundo ao nosso redor? Na Prompt News, estamos aqui para guiá-lo nessa jornada, trazendo informações de qualidade, embasadas e relevantes que vão além da superfície. Cada edição é pensada para oferecer insights práticos, tendências inovadoras e análises profundas, ajudando você a entender e se preparar para os desafios e oportunidades que o futuro da tecnologia reserva.
Hoje, preparamos uma edição especial para você. Então, pegue sua xícara de café e acomode-se para explorar o que há de mais fascinante no universo da IA. Vamos aprender, crescer e transformar juntos.
Destaques da semana: O que está movimentando o mundo da IA
Google AI transforma a busca e desafia o futuro do SEO.
O Google está ativando seu "Modo AI", que gera respostas completas e diretas no topo das buscas, usando o modelo Gemini. A novidade, chamada de AI Overviews, muda a forma como os usuários encontram informações, reduzindo a necessidade de clicar em links. Para empresas, isso representa uma nova disputa, aparecer dentro dos resumos da IA, forçando uma evolução do tradicional SEO para a otimização focada em respostas.
Busca do Google passa a ter resumos em formato de podcast com IA
O Google está testando uma nova função experimental que gera resumos de busca em áudio. Chamada de "Audio Overviews", a ferramenta usa a Inteligência Artificial Gemini para criar uma conversa curta, similar a um podcast, que explica os resultados da pesquisa. O objetivo é permitir que o usuário consuma informação de forma rápida e sem precisar usar as mãos. A novidade está em fase de testes no Search Labs da empresa.
A Estratégia da AMD para Superar a Nvidia: Vender o Rack Inteiro, não Apenas o Chip.
Para desafiar o domínio da Nvidia no mercado de IA, a AMD está mudando seu foco da venda de componentes isolados para a oferta de sistemas completos. Através do seu futuro projeto Hélios, a empresa entregará uma solução de escala de rack que integra suas próximas gerações de GPUs (Instinct MI400), CPUs (EPYC) e hardware de rede. O objetivo é oferecer um supercomputador de IA pronto para uso, simplificando a implementação para clientes e competindo diretamente com as soluções integradas da rival.
Entre a Ambição de Ser Referência e o Desafio de Competir com Gigantes
O governo brasileiro apresentou recentemente o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), uma iniciativa que pretende posicionar o país como referência mundial no desenvolvimento responsável de IA. Com investimentos previstos de R$ 23 bilhões até 2028, o plano tem como meta criar uma "IA para o Bem de Todos", focada em melhorar a vida da população e promover inclusão social.
O que o plano propõe
O PBIA está dividido em cinco eixos principais: (1) infraestrutura digital, com destaque para o desenvolvimento de um supercomputador nacional entre os cinco melhores do mundo; (2) capacitação em todos os níveis de ensino; (3) modernização de serviços públicos como saúde e educação; (4) promoção da adoção de IA no setor produtivo; e (5) construção de uma regulação que combine inovação e responsabilidade. O Brasil busca alavancar suas vantagens, como a matriz energética limpa e a agilidade da população jovem com tecnologia.
O cenário global de investimentos
Para entender o contexto em que o Brasil está se inserindo com o PBIA, é importante observar o cenário global de investimentos em IA. Os Estados Unidos lideram isoladamente, com investimentos de US$ 471 bilhões entre 2013 e 2024, segundo o AI Index 2025. Apenas no último ano, investiram US$ 109 bilhões. Empresas como Google e Microsoft planejam gastar cerca de US$ 75-80 bilhões cada em 2025. A China vem em segundo lugar com US$ 119 bilhões no mesmo período e planeja mobilizar US$ 138 bilhões nos próximos 20 anos mediante fundos estatais. A União Europeia estabeleceu a meta de mobilizar 200 bilhões de euros, com investimento anual de 20 bilhões de euros ao longo desta década. O Brasil, com seus R$ 23 bilhões previstos (aproximadamente US$ 4,5 bilhões), está bem atrás dessas potências tecnológicas.
Os principais desafios brasileiros
Apesar das boas intenções, o plano brasileiro enfrenta obstáculos importantes. O primeiro é o financiamento limitado para startups de tecnologias inteligentes, especialmente nas fases de crescimento. Enquanto países como EUA e China têm capital abundante para investir agressivamente, o Brasil ainda carece desse tipo de apoio. Nossa infraestrutura computacional também precisa de reforço. Atualmente, é insuficiente para desenvolver modelos de IA de grande escala, e dependemos muito de tecnologia externa. O Brasil ocupa apenas a 13ª posição mundial em número de data centers. Um problema sério é a fuga de cérebros, profissionais brasileiros qualificados estão migrando para outros países, principalmente os Estados Unidos, onde encontram melhores oportunidades. Isso enfraquece nossa capacidade de inovação local. Outro desafio é transformar pesquisa em produtos comerciais. O Brasil, assim como a Europa, produz boa pesquisa acadêmica, mas tem dificuldade para converter esse conhecimento em soluções que chegam ao mercado.
Oportunidades e caminhos
Mesmo com esses entraves estruturais, o Brasil tem características favoráveis. Nossa população é jovem e adapta-se rapidamente a novas tecnologias. Temos diversas bases de dados nacionais que podem alimentar sistemas de IA, além de uma matriz energética limpa, importante vantagem em um mundo preocupado com sustentabilidade. O foco do plano em IA responsável e inclusiva também pode ser um diferencial. Enquanto outros países correm atrás de resultados comerciais, o Brasil pode se posicionar como referência em desenvolvimento ético de IA. A adoção empresarial ainda é baixa, representando tanto um desafio quanto uma oportunidade enorme de crescimento.
O que esperar
O sucesso do plano brasileiro dependerá de alguns fatores críticos. Será necessário garantir que os recursos prometidos sejam efetivamente investidos e bem aplicados. Precisaremos encontrar formas de reter nossos talentos e atrair investimento privado complementar. Também será fundamental equilibrar a regulação da IA — criar regras que protejam direitos e promovam uso responsável, sem burocratizar tanto que impeça a inovação. A experiência europeia mostra que excesso de regulação pode prejudicar startups e pequenas empresas. O Brasil tem potencial para ser um player relevante em IA, especialmente focando em soluções para desafios locais que podem depois ser exportadas para países com realidades similares. A execução eficiente e investimento consistente ao longo dos próximos anos serão cruciais. O futuro da IA no Brasil depende menos de promessas e mais de capacidade de execução e o tempo para agir é agora.
Leia o PBIA.
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Equipe Prompt News
Muito bom a newsletter de hoje.