🚀 O Começo (Spoiler: Uma Curiosidade Inata)
Ayda Jr., hoje uma voz influente na interseção entre IA e saúde, sempre teve uma curiosidade insaciável. Desde criança, sonhava em ser pesquisador e cientista, fascinado pela biologia humana e animal. Sua jornada acadêmica o levou à Biomedicina, impulsionado pelo desejo de entender a doença em si, mais do que apenas o paciente.
Desde cedo,cultivou um interesse profundo por informática. Autodidata em hardware, ele dava aulas de computação para custear a faculdade. Esse conhecimento em TI, ele percebeu, tornou-se um diferencial crucial em sua carreira na biomedicina, abrindo portas e moldando seu caminho. Seu primeiro estágio foi na Fiocruz, e de lá, ele se integrou a um laboratório de neurociência do comportamento na UF, onde se dedicou ao estudo da atenção, utilizando softwares especiais e programação para suas pesquisas.
🔍 A Descoberta que Mudou Tudo: Neurociência e Tecnologia
No laboratório, mergulhou na neurociência cognitiva, trabalhando com humanos para entender como a atenção funciona. Durante seu doutorado na Espanha, ele aprofundou seus conhecimentos em análises mais sofisticadas, incluindo o uso de eletroencefalogramas. Ele observou colaboradores explorando a análise de imagens e o rastreamento do movimento ocular, áreas que já começavam a flertar com técnicas que hoje associamos à inteligência artificial.
A Aceleração: Da Academia à Neuroeducação
Ao se tornar professor na UF, Ayda enfrentou novos desafios, como a estruturação do curso de psicologia. Seu foco de pesquisa evoluiu da neurociência para a neuroeconomia e, finalmente, para a neuroeducação. Com o nascimento de sua filha, a pergunta "Como aprendemos?" tornou-se ainda mais premente.
A pandemia de COVID-19, embora desafiadora, foi um catalisador. Ayda aproveitou o período para se aprofundar em programação, análise de dados e medicina baseada em evidências. Chegou a considerar uma transição completa para a ciência de dados, mas optou por retornar à faculdade de medicina como aluno, buscando uma perspectiva mais integrada. Essa dupla função de professor e aluno lhe permitiu identificar lacunas no ensino e buscar formas mais eficientes de ajudar seus próprios estudantes.
🤖 A Era dos LLMs: Uma Ferramenta para o Aprendizado
Acompanhava o desenvolvimento da IA desde o GPT-2, mas foi com o GPT-3.5 que ele percebeu o potencial transformador dessas ferramentas. "Isso daqui tem a possibilidade de me ajudar a tirar dúvidas que eu não tinha como tirar antes, a discutir coisas que eu não tinha como discutir antes", ele notou.
Ele começou a integrar a IA em suas aulas, desafiando os alunos a usar assistentes de IA para pesquisar tópicos e, em seguida, comparar as respostas com livros-texto. Seu objetivo é fomentar o pensamento crítico, mostrando que a IA não é infalível e a análise humana é indispensável. Para Ayda, a discussão não é se usar IA na educação, mas como usá-la de forma prudente e eficaz, preparando os alunos para um futuro onde a IA será onipresente.
🌍 O Desafio da IA na Saúde: Ética e Acesso
É um defensor do uso da IA como suporte na área da saúde, mas com ressalvas importantes. Ele critica a visão binária sobre a IA e enfatiza a complexidade de sua aplicação, especialmente em áreas sensíveis como a psicologia. "As pessoas estão usando [IA para apoio afetivo e terapêutico] porque elas têm uma demanda", afirma, destacando a falta de acesso à psicoterapia tradicional.
Ele alerta para os riscos de diagnósticos automatizados sem o devido contexto humano, citando o exemplo de cânceres que, embora detectados, podem não exigir tratamento imediato e agressivo. Enfatiza que a IA deve ser uma ferramenta para o profissional, não um substituto, e que a formação em saúde precisa integrar o estudo da IA e da prática baseada em evidências para garantir que os profissionais mantenham sua especialização e discernimento.
💡 Lições da Jornada
* O Conhecimento em TI como Diferencial: Sua base em informática foi um pilar em sua trajetória.
* Ensinar é Aprender: A necessidade de explicar conceitos a outros aprofunda o próprio entendimento.
* IA como Ferramenta Crítica: A inteligência artificial é poderosa, mas exige discernimento e compreensão de suas limitações.
* Foco no "Como": A discussão sobre a IA deve ser sobre sua aplicação ética e eficaz, não sobre sua proibição.
* Contexto Humano na Saúde: Diagnósticos e tratamentos exigem uma análise humana que vai além dos dados brutos da IA.
📚 Recomendações de Ayda
* Podcast: IA Todo Dia (Editoria de Saúde) – "Muito bacana, muito divertido e que trazem conteúdo técnico, que trazem conteúdo sobre a de uma maneira muito ampla."
* Newsletter: iaimedicina.com.br (seu próprio site, com textos sobre IA, educação e medicina). Ele também recomenda a newsletter "AI and Healthcare" (gringa).
* Paper: Um artigo especial sobre IA na formação em saúde/médica, que aborda os desafios e a importância de preparar a nova geração de profissionais.
* Livro: "Roubo de Espadas" (High Fantasy) – Sugere ler fora da área técnica para expandir a mente e a criatividade.
🎯 O Futuro
Como professor na UF e aluno de medicina, Ayda tem uma missão clara: contribuir para a integração da IA e da prática baseada em evidências na formação dos profissionais de saúde. Ele busca tornar o conhecimento acessível e abordar os complexos desafios éticos e práticos que a IA apresenta na área da saúde, sempre visando preparar as futuras gerações para um cenário tecnológico em constante evolução.
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